Criação da bomba atômica, armas nucleares no Brasil e a iminência de uma Guerra Nuclear | Artigo

 "Agora me tornei a morte, a destruidora de mundos", disse Robert Oppenheimer ao presenciar pela primeira vez em 1945 a detonação de uma arma nuclear. 

A escritura hindu reflete de forma clara o constante perigo a que estamos submetidos em um mundo onde nações poderosas possuem poder bélico para destruir com o planeta e todas as espécies de vida presentes na Terra, o que nos leva cada vez mais a refletir sobre o assunto.

O primeiro teste nuclear Trinity em 16 de julho de 1945


A criação da bomba atômica 

Em 1939, Albert Eisten e Leo Szilard advertiram Oppenheimer a respeito da terrível ameaça para a humanidade sobre a possibilidade de que o regime nazista fosse o primeiro a dispor de uma bomba atômica. Oppenheimer, nascido no seio de uma família judia, começou então a pesquisar sobre o processo de obtenção de urânio-235, a partir de mineral de urânio natural, ao mesmo tempo que determinava a massa necessária de urânio para a bomba. Ele ingressou no Projeto Manhattam em 1942, no qual cientistas britânicos e estadunidences investigavam a respeito da energia nuclear como armamento militar durante a Segunda Guerra Mundial.


Bem, o projeto foi considerado um sucesso, tendo produzido a primeira bomba atômica da história. O primeiro teste nuclear ficou conhecido como Trinity, ocorrido em 16 de julho de 1945, sendo o mesmo tipo de arma utilizada contra Nagazaki, no Japão. Esse fato deu início a chamada Era Atômica, a qual se estende até os dias atuais.

Armas nucleares seriam dispositivos destruidores baseados na fissão ou fusão de átomos. Essas bombas possuem grande concentração de energia em pequenos volumes, energia esta que pode causar grandes danos caso seja liberada.

Passamos a conhecer, de fato, sua força destrutiva com o lançamento realizado pelos EUA no território japonês. A partir de então se deu início a um verdadeiro pesadelo. Não demorou muito para que os Russos passassem a produzir suas próprias bombas, sendo seguidos por outros países como o Reino Unido e a França. 

Foram catastróficas as consequências das duas bombas jogadas pelos Estados Unidos, e fica a dúvida: e se o Japão também tivesse arma nuclear, será que o primeiro ataque teria acontecido ou teria sido muito pior? 


O perigo iminente de uma guerra nuclear

Apesar dos esforços da ONU para que nenhum país fabrique armas nucleares para fins de guerra, é evidente que isso é algo puramente utópico. A ambição se resume a ter poder bélico o suficiente para combater não um, mas muitos países hostis. Vimos que Vladmir Putin no conflito contra a Ucrânia ameaçou o mundo com a sua fala sobre "colocar as forças nucleares sobre alerta maximo", e através de sua fala novamente o mundo se encontrava em enorme tensão. 


Esta esteve presente em muitas nações e esse ano o Ponteiro do Juízo Final foi mantido a cem segundos da meia-noite, nível mais próximo do apocalipse de sua história. O relógio foi criado por cientistas em 1947, no qual os ponteiros se movem de acordo com a iminência de um ataque nuclear, sendo a meia noite o momento da explosão. 

Putin colocou suas forças nucleares, as mais poderosas do mundo ao lado dos Estados Unidos, em alerta e sugeriu que iria usar a bomba caso alguma nação se intrometesse no conflito, o que deixou a Otan sem ação direta, apesar de apoiar a Ucrânia.

Relógio do Juízo Final
Relógio do Juízo Final 


Analistas especulam se Putin poderia usar uma arma tática, mas que fosse de menor potência, em caso de se ver à beira da derrota ou para acelerar o fim do conflito. A Otan tem discutido sobre o que fazer caso isso ocorra, considerando que poderia haver contaminação radioativa.

Isso é claro resultaria numa reação em cadeia, até o momento o ato de lançar uma bomba atômica como recurso de Guerra ainda é um tabu, mas ao ser quebrado outros irão fazê-lo também e seria declarada então a Terceira e última Guerra Mundial. Afinal, ninguém quer perder uma guerra e tendo poder o bastante para dizimar os países rivais, é evidente que farão, e as consequências seriam terrivelmente drásticas. 

Criado em 1968, o Tratado de Não Ploriferação de Armas Nucleares foi uma forma de os países signatários se comprometessem a não desenvolver pesquisas nucleares com fins bélicos. Um total de 190 países, incluindo o Brasil, fazem parte do acordo. Isso significa que o Brasil não tem armas nucleares e não está autorizado a fabricá-las.

Na data de criação do Tratado assinaram o documento o Reino Unido, os Estados Unidos e a então União Soviética. O Brasil só assinou o acordo em 1998, 30 anos depois da criação do tratado, isso porque o governo brasileiro não concordava com a divisão, que estabelecia que os países que já tivessem pesquisas nucleares pudessem manter seus armamentos, enquanto outros países ficaram impedidos de avançar nesse campo. O Tratado erra por não tentar reduzir o armamento daqueles que já tinham bombas nucleares. 

Uma das grandes preocupações mundiais são os quatro países que são detentores de armas nucleares, mas que não aderiram ao acordo. São eles: Índia, Paquistão, Israel e Coreia do Norte.



A imagem acima mostra a quantidade de Armas Nucleares que cada nação possui. 

Apesar dos esforços, ainda são muitos aspectos a serem considerados para a redução do estoque mundial de armas nucleares. É evidente a tensão quando se está em briga com um país que possui armamento nuclear, mas esperamos que medidas sejam tomadas contra um país como a Rússia liderada por Putin, que não mensura suas palavras e poder que elas possuem principalmente durante uma guerra como a vivenciada contra a Ucrânia. 

Esperamos que haja ao menos um pouco de paz, se a economia brasileira já anda péssima, imagina em período de guerra? Bem, esperamos nunca vivenciar uma! Deixe nos comentários sua opinião.

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